Mudanças cíclicas em português no contexto da evolução das línguas românicas

Title: Mudanças cíclicas em português no contexto da evolução das línguas românicas
Variant title:
  • Cyclic changes in Portuguese in the context of the evolution of the Romance languages
Author: Hricsina, Jan
Source document: Études romanes de Brno. 2016, vol. 37, iss. 1, pp. 181-192
Extent
181-192
  • ISSN
    1803-7399 (print)
    2336-4416 (online)
Type: Article
Language
License: Not specified license
 

Notice: These citations are automatically created and might not follow citation rules properly.

Abstract(s)
O objetivo do presente artigo é mostrar algumas mudanças que ocorreram no plano fonológico na fase mais antiga da história do Português ou ainda mais cedo (no Latim Vulgar) e que reapareceram mais tarde na evolução da mesma língua. Estas mudanças cíclicas são as seguintes: evolução das consoantes líquidas /ɾ/ e /l/, lenição das oclusivas sonoras /b/, /d/ e /g/, queda da sibilante /s/ em coda e queda da oclusiva nasal /n/ em posição intervocálica. Estes fenómenos estão relacionados aos idênticos ou semelhantes ocorridos noutras línguas românicas.
The purpose of this article is to show some changes that occurred in the phonological plan in the earliest stage of the evolution of Portuguese or even earlier (in Vulgar Latin), and reappeared later in the evolution of the same language. These cyclical changes are: the evolution of liquid consonants /ɾ/ and /l/, the lenition of voiced occlusives /b/, /d/ and /g/, the disappearance of the sibilant /s/ in syllabic coda and the disappearance of the nasal occlusive /n/ in intervocalic position. These phenomena are related to identical or similar processes that have occured in other Romance languages.
Note
Este artigo faz parte do projeto "Program rozvoje vědních oblastí na Univerzitě Karlově č. P10 Lingvistika", subprograma "Románské jazyky ve světle jazykových korpusů".
References
[1] Barbosa, J. M. (1994). Fonologia e Morfologia do Português. Coimbra: Almedina.

[2] Barroso, H. (1999). Forma e substância da expressão da língua portuguesa. Coimbra: Almedina.

[3] Bechara, E. (2009). Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira.

[4] Brocardo, M. T. (2014). Tópicos de História da Língua Portuguesa. Lisboa: Edições Colibri.

[5] Castro, I. (2006). Introdução à História do Português. Lisboa: Edições Colibri.

[6] Cuesta, P. V., & Luz, M. A. M. da (1980). Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa: Edições 70.

[7] Cunha, C., & Cintra, L. F. L. (1999). Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa: João Sá da Costa.

[8] Čermák, P. (2005). Fonetika a fonologie současné španělštiny. Praha: Karolinum.

[9] Dohalská, M., & Schulzová, O. (1991). Fonetika francouzštiny. Praha: Karolinum.

[10] Hamplová, S. (2002). Nástin vývoje italského jazyka. Praha: Karolinum.

[11] Hricsina, J. (2015). Vývoj portugalského jazyka. Praha: Karolinum.

[12] Margarit, A. M. B. (1985). Gramática catalana I, II. Madrid: Gredos.

[13] Martins, A. M. (2002). Variação e Mudança no Português. In A Língua Portuguesa: Actas dos IX cursos internacionais de Verão de Cascais – 2002 (pp. 29–44). Cascais: Câmara Municipal de Cascais & Instituto de Estudos Sociais.

[14] Mateus, M. H. M. et al. (2004). Gramática da língua portuguesa. Lisboa: Caminho.

[15] Mateus, M. H. M., & Cardeira, E. (2007). Norma e variação. Lisboa: Caminho.

[16] Mattos e Silva, R. V. (2006). O português Arcaico fonologia, morfologia e sintaxe. São Paulo: Editora Contexto.

[17] Mattoso Câmara Jr., J. (1975). História e estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Padrão.

[18] Peres, J. A., & Móia, T. (1995). Áreas críticas da Língua Portuguesa. Lisboa: Caminho.

[19] Raposo, E. P. et al. (2013). Gramática do Português – Volume I. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

[20] Rennicke, I. (2011). The retroflex r of Brazilian Portuguese: theories of origin and a case study of language attitudes in Minas Gerais. In Revista de Estudos Linguísticos da Universidade do Porto, 6, 149–170.

[21] Said Ali, M. (2001). Gramática Histórica da Língua Portuguesa. São Paulo: Editora Melhoramentos.

[22] Silveira Bueno, F. da (1955). A Formação histórica da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica.

[23] Šabršula, J. et al. (1980). Úvod do srovnávacího studia románských jazyků I-II. Praha: SPN.

[24] Teyssier, P. (2001). História da Língua Portuguesa. Lisboa: Sá da Costa.

[25] Tláskal, J. (2006). Fonetika a fonologie současné evropské portugalštiny. Praha: Karolinum.

[26] Vaquero de Ramírez, M. (1996). El español de América I. Pronunciación. Madrid: Arco Libros.

[27] Väänänen, V. (1981). Introduction au latin vulgaire. Paris: Klincksieck.

[28] Veloso, J. (2015). The English r coming! The never ending story of Portuguese rhotics. In A. Simões, A. Barreiro, D. Santos, R. Sousa-Silva, & S. E. O. Tagnin (Eds.), Linguística, Informática e Tradução: Mundos que se Cruzam (vol. 7) (pp. 323–336). Oslo: Studies in Language.

[29] Viana, A. d. R. G. (1973). Estudos de Fonética Portuguesa. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda.

[30] Williams, E. B. (1986). Do Latim ao Português. Rio de Janeiro: Tempo brasileiro.

[31] Zavadil, B. (1998). Vývoj španělského jazyka I. Praha: Karolinum.

[32] Zink, G. (1994). Phonétique historique du français. Paris: Presses Universitaires de France.