Imagem da Lisboa pós-colonial em Memória de elefante de António Lobo Antunes

Název: Imagem da Lisboa pós-colonial em Memória de elefante de António Lobo Antunes
Variantní název:
  • Image of postcolonial Lisbon in Elephant's Memory by António Lobo Antunes
Zdrojový dokument: Études romanes de Brno. 2016, roč. 37, č. 1, s. 47-57
Rozsah
47-57
  • ISSN
    1803-7399 (print)
    2336-4416 (online)
Type: Článek
Jazyk
Licence: Neurčená licence
 

Upozornění: Tyto citace jsou generovány automaticky. Nemusí být zcela správně podle citačních pravidel.

Abstrakt(y)
O artigo tem por objetivo detetar as imagens urbanas presentes no romance Memória de Elefante (1979) de António Lobo Antunes. Propomos uma análise baseada em dois modos de representação que poderiam ser definidos como uma "cidade real" (imagens da cidade "visível", situada na época pós-colonial) e uma “cidade imaginária” (imagens da cidade que é lida como um cruzamento de mitos e de vários tipos de discurso). A "cidade real", para além de se referir a alguns lugares existentes em Lisboa, contém um elemento especial – o hospital psiquiátrico – que pode ser percebido como uma heterotopia (pós-colonial). Por outro lado, a "cidade imaginária", relacionada com a passagem noturna pelo espaço urbano – a demanda simbólica do eu e do Outro, revela as imagens míticas e cruzamentos textuais que enriquecem o imaginário pós-colonial da capital portuguesa.
The article focuses on urban images depicted in the novel Elephant's Memory (1979) by António Lobo Antunes. We propose an analysis based on two representational modes which can be defined as "real city" (images of "visible" city, situated in the postcolonial era) and "imaginary city" (images of city, read as a patchwork of myths and various types of discourse). The “real city”, besides referring to some existing places in Lisbon, contains a spatial item – a psychiatric hospital – that could be perceived as a (postcolonial) heterotopy. The "imaginary city", connected to the night passage through the city – a symbolic demand for the self and the Other –, reveals some mythical images and textual crossing that enrich the postcolonial imaginary of the Portuguese capital.
Reference
[1] Antunes, A. L. (2004). Memória de Elefante. 22.ª ed. Lisboa: Dom Quixote.

[2] Benjamin, W. (1979). Dílo a jeho zdroj. Praha: Odeon.

[3] Cabral, E. (2008).Verbete "Lisboa" In Seixo, Maria Alzira (dir.). Dicionário da Obra de António Lobo Antunes. Vol. I. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

[4] Cardoso, D. M. (2012). O Retorno. Lisboa: Tinta-da-China.

[5] Foucault, M. (2003). Myšlení vnějšku. Trad. Č. Pelikán. Praga: Herrmann & synové.

[6] Gusmão, M. (2010). Cesário Verde: o 'cartógrafo' e a temporalização dos mapas. In Tatuagem & Palimpsesto da poesia em alguns poetas e poemas. Lisboa: Assírio & Alvim.

[7] Hodrová, D. (2006) Citlivé město (eseje z mytopoetiky). Praha: Akropolis.

[8] Jorge, L. (1988). A Costa dos Murmúrios. Lisboa: Dom Quixote.

[9] Lourenço, E. (1986). Da contra-epopeia à não-epopeia: de Fernão Mendes Pinto a Ricardo Reis. Revista Crítica de Ciências Sociais nº 18/19/20.

[10] Meletinskij, J. M. (1989). Poetika mýtu. Trad. J. Žák. Praha: Odeon.

[11] Melo, J. de. (1996). O Homem Suspenso. Lisboa: Publicações Dom Quixote.

[12] Reis, C. (2012). Lisboa como paisagem. A Cidade segundo Fradique Mendes. Colóquio-Letras, nº 179, Janeiro/Abril.

[13] Rita, A. (2014). Luz&Sombras do Cânone Literário. Lisboa: Esfera do Caos.

[14] Sansot, P. (1971). Poétique de la ville. Paris: Klincksieck.

[15] Seixo, M. A. (1998). Poética da cidade na ficção europeia do Pós-modernismo. In Poéticas da viagem na literatura. Lisboa: Edições Cosmos.

[16] Verde, C. (s/d). Noite fechada. In O Livro de Cesário Verde. Lisboa: Biblioteca Ulisseia.