Silêncio e pantonalidade enquanto materialidade estética em John Cage

Název: Silêncio e pantonalidade enquanto materialidade estética em John Cage
Variantní název:
  • Silence and pantonality as an aesthetic materiality in John Cage
Zdrojový dokument: Études romanes de Brno. 2016, roč. 37, č. 1, s. 103-110
Rozsah
103-110
  • ISSN
    1803-7399 (print)
    2336-4416 (online)
Type: Článek
Jazyk
Licence: Neurčená licence
 

Upozornění: Tyto citace jsou generovány automaticky. Nemusí být zcela správně podle citačních pravidel.

Abstrakt(y)
convocatória ao teórico musical John Cage (1912–1992) justifica-se, em primeiro plano, pelo seu trabalho de reformulação sobre a composição musical ordinária. A obra cageana é uma escritura sintetizada por tecnologias radiofônicas que entrelaça ruído urbano e escalas harmônicas. Na segunda linha, celebraremos a passagem das paisagens sonoras – habitação clássica do músico – para os territórios sonoros – espaço polifônico do performer. De fato, Cage incorpora a Pantonalidade como chave estética. Se a música, entre os séculos XVIII e XIX, foi executada com estruturas harmônicas e tonais, o esteta contemporâneo se propõe a trabalhar com todo o campo sonoro, incluindo o silêncio. Finalmente, Cage constrói uma re-territorialização com o espaço da cidade, de onde emergirá um novo sentido de pertencimento. Para o músico, tratou-se de revigorar o estar habitacional da modernidade. Tratou-se de persistir na afirmação de que há homem, e, portanto, ainda há anima no canto da lira tecnológica.
Music theorist John Cage (1912–1992)'s call to this paper is firstly justified by his work on reformulating the ordinary musical composition. Cagean production is summarized by radiophonic technologies which have the capacity of interweaving the urban noise and harmonic scales. Secondly, the transition of the sound landscapes soundscapes – the classic musicians' home – to the audible territories – the performer's polyphonic place – will be celebrated. Pantonality is truthfully incorporated as an aesthetic key by Cage. Whether music, along XVIII and XIX centuries, was executed with harmonic and tuneful structures, the contemporary aesthete proposal is to work with every possibility offered by the sound, including silence. Finally, Cage builds a city re-territorialisation, from where emerges a new belonging sense. According to the musician, it was a matter of gathering new strength to the modernity housing, and persisting on the assertive that there is man; therefore anima still exists within the technological lyre song.
Reference
[1] Bauman, Z. (1999). O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Zahar.

[2] Benjamin, W. (2012). A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. Porto Alegre: Zouk.

[3] Bull, M. (2007). Sound moves: iPod culture and urban experience. New York: Routledge.

[4] Cage, J. (1973). John Cage, Silence: Lectures and writings by John Cage. New England, Hanover, London: Wesleyan University.

[5] Cage, J. (1969). Notations. New York: Something Else Press.

[6] Carneiro Leão, E. (2002 jul/set). A experiência grega da verdade. Revista Tempo Brasileiro, 150.

[7] Carneiro Leão, E. (1999). Poética e Poiesis: a questão da interpretação. Veredas, 2, 317–340.

[8] Castro, M. A. de. (2004). A construção poética do real. Rio de Janeiro: 7 Letras.

[9] Collot, M. (2004). O sujeito lírico fora de si. Revista Terceira Margem, VIII (11).

[10] Galera, F. (2013). Caminho, poética, acontecimento. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

[11] Havelock, E. A. (1996). A Musa aprende a escrever. Lisboa: Gradiva.

[12] Heidegger, M. (1989). A origem da obra de arte. Lisboa: Edições 70.

[13] Heidegger, M. (1999). O princípio do fundamento. Lisboa: Instituto Piaget.

[14] Heidegger, M. (2002). ... poeticamente o homem habita.... In M. Heidegger, Ensaios e conferências. Trad. E. Carneiro

[15] Leão, G. Fogel, & M. Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes.

[16] Herrigel, E. (1987). A arte cavalheiresca do arqueiro zen. São Paulo: Pensamento.

[17] Jaeger, W. W. (2001). Paidéia: a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes.

[18] Jardim, A. (1996). A dimensão poética no contexto hegemônico da técnica. In Conferência. Rio de Janeiro: UNIRIO.

[19] Jardim, A. (2005). Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7 Letras.

[20] La Barre, J. de. (2012 Jan/Jun). A outra afinação do mundo: Os territórios sonoros. InterFACES, 16 (1), 117–127.

[21] Miklos, C. (2010). A arte zen e o caminho do vazio: Uma investigação sobre o conceito zen- budista de Não-Eu na criação de arte. Niterói: Universidade Federal Fluminense.

[22] Schafer, R. M. (1994). The soundscape: Our sonic environment and the tuning of the world. Rochester: Destiny Books.

[23] Schafer, R. M. (1977). The tuning of the world. New York: Knopf.

[24] Steiner, G. (1988). Linguagem e silêncio. São Paulo: Cia das Letras.

[25] Tàpies, A. (2002). A prática da arte. Lisboa: Cotovia.

[26] Zimmerman, M. E. (1990). Heidegger's confrontation with modernity: technology, politics, art. Indiana: Indiana University Press.