Os Arabismos próprios da língua portuguesa em época contemporânea: análise do uso comunicativo dos itens lexicais através das ocorrências autênticas em corpora eletrónicos

Title: Os Arabismos próprios da língua portuguesa em época contemporânea: análise do uso comunicativo dos itens lexicais através das ocorrências autênticas em corpora eletrónicos
Variant title:
  • The usual arabisms in Portuguese today: analysis of the communicative use of lexical items through authentic occurrences in electronic corpora
Source document: Études romanes de Brno. 2021, vol. 42, iss. 1, pp. 255-279
Extent
255-279
  • ISSN
    1803-7399 (print)
    2336-4416 (online)
Type: Article
Language
 

Notice: These citations are automatically created and might not follow citation rules properly.

Abstract(s)
Os arabismos representam uma parte importante do património histórico lusófono, uma vez que muitos itens lexicais entraram a partir do século VIII – período que atesta o início do dúplice processo de islamização e arabização da Península Ibérica – para denotar todas as inovações culturais e sociais introduzidas pelos novos dominadores. A partir do levantamento lexicográfico por nós efetuado em 2011, o presente estudo visa verificar quais arabismos peculiares do idioma português são ainda utilizados nas práticas comunicativas contemporâneas através da análise tanto qualitativa como quantitativa das ocorrências de cada lema nos textos do corpus eletrónico Now (News on the Web).
Arabisms represent an important part of the Portuguese-speaking historical heritage, since many lexical items entered in the 8th century - a period that attests the beginning of the double process of Islamization and Arabization of the Iberian Peninsula - to denote all the cultural and social innovations introduced by new dominators. Based on the lexicographic survey carried out in 2011, the present study aims to verify which peculiar arabisms of the Portuguese language are still used in contemporary communicative practices through both qualitative and quantitative analysis of the occurrences of each lemma in the texts of the electronic corpus Now (News on the Web).
References
[1] Alves, A. (1999). Portugal: ecos de um passado árabe. Lisboa: Instituto Camões.

[2] Alves, A. (2013). Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

[3] Biderman, M. T. C. (1978). Teoria Linguística: Linguística Quantitativa e Computacional. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos.

[4] Biderman, M. T. C. (1998). A face quantitativa da linguagem: um dicionário de frequências do português. Alfa, 42, 161–181.

[5] Buescu, M. L. C. (1983). O Estudo das Línguas Exóticas no Século XVI. Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa.

[6] Carvalho, F. A. (2006). O lugar dos negros na imagem de Lisboa. Sociologia, Problemas e práticas, 52, 87–108.

[7] Castro, I. (1991). Curso de história da língua portuguesa. Lisboa: Universidade Aberta.

[8] Corominas, J. (1954). Diccionario Crítico Etimológico de la Lengua Castellana. Berna: Francke.

[9] Corriente, F. (2003). Diccionario de arabismos y voces afines en iberorromance. Madrid: Gredos.

[10] Cunha, A. G. D. (2011). Dicionário etimológico da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Lexikon Editora Digital Ltda.

[11] Farinha, A. D. (1973). Contribuição para o estudo das palavras portuguesas derivadas do árabe hispânico. In Portugaliae Historica VI (pp. 244–265). Lisboa: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

[12] Franca, R. (1994). Arabismos: uma minienciclopédia do mundo árabe. Recife: EDUFPE.

[13] Guichard, P. (1977). Structures sociales "orientales" et "occidentales" dans l'Espagne musulmane. Paris: LaHaye.

[14] Lopes, D. (1968). Nomes árabes de terras portuguesas. Lisboa: Sociedade da Língua Portuguesa.

[15] Lüdke, M.; & André, M. (1986). Abordagens qualitativas de pesquisa: a pesquisa etnográfica e o estudo de caso, In M. Lüdke, & M. André (Eds.). Pesquisa em educação: Abordagens qualitativas (pp. 11–22). São Paulo: EPU.

[16] Machado, J. P. (1940). Sintra muçulmana. Sintra: Imprensa Nacional.

[17] Machado, J. P. (1956–1959). Dicionário etimológico da língua portuguesa. Lisboa: Editorial Confluência. 5 voll.

[18] Machado, J. P. (1958). Influência Arábica no Vocabulário Português. Lisboa: A. Pinto.

[19] Machado, J. P. (1991). Vocabulário Português de Origem Árabe. Lisboa: Editorial Noticias.

[20] Machado Filho, L. (2013). Arabismos e germanismos em textos medievais portugueses. In Encontro Internacional dos Estudos Medievais – ABREM 10 (pp. 392–400). Brasília: Editora Universidade de Brasília.

[21] Maranhão, S. M. (2018). Arabismos portugueses no contexto multilinguístico da Península Ibérica Medieval. Caligrama, 23, 2, 121–143.

[22] Mattoso, J. (1985). Os Moçárabes. Revista Lusitania, 6, 5–24.

[23] Picard, C. (1983). Les mozarabes dans l'Occident ibérique (VIII-XII siècle). R.E.I., 51, 77–88.

[24] Picard, C. (2000). Le Portugal musulman (VIII-XIII siècle). L'Occident d'al-Andalus sous domination islamique. Paris: Maisonneuve et Larose.

[25] Pinto, M. D. C. (2009). O Douro no Gharb al-Ândalus: a história e a arquitectura do Douro entre os séculos VIII e XII. A obra nasce: revista de Arquitectura da Universidade Fernando Pessoa, 6, 53–64.

[26] Reis, F. (1943). Alfacinhas. Olisipo, Boletim do grupo "Amigos de Lisboa", 24, 210–214.

[27] Ribeiro, O. (1965). A propósito de áreas lexicais no território português (Algumas reflexões acerca do seu condicionamento). Separata do Boletim de Filologia, XXI, 3–4, 177–208.

[28] Rossi, M. A. (2011). Dall'Africa al Portogallo: gli arabismi peculiari della lingua portoghese. In Viagens de línguas e culturas (pp. 129–163). Lisboa: 101 Noites.

[29] Sousa, J. D. (1830). Vestígios da língua arábica em Portugal. Lisboa: Academia Real das Sciencias.

[30] Samu, L. (2010). Presença árabe no português: 1300 anos depois. Revista Augustus, 30, 46–51.

[31] Santos, M. J. D. M. (1980). Importação lexical e estruturação semântica: os arabismos na língua portuguesa, Biblos, 56, 537–598.

[32] Suisse, A. (2020). Aspetos importantes do legado árabe na língua portuguesa. Revista Língua-lugar, 2, 43–59.

[33] Teyssier, P. (1982). História da Língua Portuguesa. Lisboa: Sá da Costa.

[34] Turato, E. R. (2004). A questão da complementaridade e das diferenças entre métodos quantitativos e qualitativos de pesquisa: uma discussão epistemológica necessária. In S. Grubits, & J. A. V. Noriega (Eds.). Método qualitativo: epistemologia, complementariedades e campos de aplicação (pp. 17–51). São Paulo: Vetor Editora.

[35] Vargens, J. B. M. (2007). Léxico português de origem árabe: subsídios para os estudos de filologia. Rio de Janeiro: Almádena.

[36] Vasconcelos, C. M. de. (1956). Fontes do léxico português: os elementos árabes. In Lições de filologia portuguesa (pp. 299–310). Lisboa: Revista de Portugal.

[37] Werlich, E. (1975). Typologie der Texte; Entwurf eines textlinguistischen Modells zur Grundlegung einer Textgrammatik. Heidelberg: Quelle &Meyer.

[38] Zaidan, A. (2010). Letras e História: mil palavras árabes na língua portuguesa. São Paulo: Escrituras Editora.