Rui Knopfli, nómada entre Sião e Babilónia

Title: Rui Knopfli, nómada entre Sião e Babilónia
Variant title:
  • Rui Knopfli, nomad between Zion and Babylon
Source document: Études romanes de Brno. 2022, vol. 43, iss. 2, pp. 47-61
Extent
47-61
  • ISSN
    1803-7399 (print)
    2336-4416 (online)
Type: Article
Language
 

Notice: These citations are automatically created and might not follow citation rules properly.

Abstract(s)
O artigo analisa a problemática do nomadismo como metáfora discursiva, identitária e cultural na poesia de Rui Knopfli, um dos maiores poetas moçambicanos, cuja produção literária foi em parte desenvolvida no estrangeiro. Dentro deste âmbito, serão focadas, em especial, oscilações entre "centro" e "periferia" a nível do dinamismo espacial, identitário e literário, bem como cruzamentos literários e processos discursivos de afirmação/subversão das vozes canónicas. A análise baseia-se, essencialmente, nas conceções do nomadismo desenvolvidas no âmbito dos estudos culturais (Maffesoli, Fenoulhet etc.) e centra-se na coletânea O corpo de Atena (1984), escrita na Grã-Bretanha. Por fim, a inserção da personalidade/obra de Knopfli dentro do contexto da novíssima poesia moçambicana permite observar como este autor se torna, por sua vez, um centro de referência para as novas gerações literárias.
The article analyses the problem of nomadism as a discursive, identity and cultural metaphor in the poetry of Rui Knopfli, one of the greatest Mozambican poets, whose literary production was partly developed abroad. Within this scope, oscillations between "centre" and "periphery" at the level of spatial, identity and literary dynamism, as well as literary intersections and discursive processes of affirmation/subversion of canonical voices are focused on in particular. The analysis is essentially based on the conceptions of nomadism developed within cultural studies (Maffesoli, Fenoulhet etc.) and focuses on the collection O corpo de Atena (The Body of Athena, 1984), written in Britain. Finally, the insertion of Knopfli's personality/work within the context of the very new Mozambican poetry allows us to observe how this author becomes, in turn, a centre of reference for new literary generations.
References
[1] Alba, S. (2020). Todas as noites me despeço. Guimarães: Opera Omnia.

[2] Bouvet, R. (2003). Désert, exil et métamorphose dans “Les marches de sable” d’Andrée Chedid. In R. Bouvet, V. Turcotte, & J.-F. Gaudreau (2003). Désert, nomadisme, altérité. UQÀM. Département d’études littéraires.

[3] Chabal, P. (1994). Vozes moçambicanas. Literatura e nacionalidade. Lisboa: Vega.

[4] Dante (2004). La divine comédie. L’Enfer/Inferno. Texte original et version française par Jacqueline Risset. Paris: Flammarion.

[5] Deleuze, G.; & Guattari, F. (2019). Tisíc plošin. Trad. M. Caruccio Caporale. Praha: Herrmann & synové.

[6] Fenoulhet, J. (2017). Signs of Life. Vitalising Literary Studies. Journal of Dutch Literature, 8, 2, 1–13. http://www.bntl.nl/files/296933/Fenoulhet%202017.pdf

[7] Ferreira, A. M. (2012). Ao contrário de Ulisses: Rui Knopfli. In Sinais de Cinza. Estudos de Literatura. Braga: Opera Omnia.

[8] Gomes, A.; & Cavacas, F. (ed.) (1997). Dicionário de autores de literaturas africanas de língua portuguesa. Lisboa: Caminho.

[9] Knopfli, R. (2003). Obra poética. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

[10] Leite, M. A. (2003). Literaturas africanas e formulações pós-coloniais. Lisboa: Edições Colibri.

[11] Leite, M. A. (2020). Janela para o Índico. Poesia incompleta (1984–2019). Rosa de porcelana.

[12] Maffesoli, M. (1997). O nomádství. Iniciační toulky. Trad. Josef Fulka. Praha: Prostor.

[13] Monteiro, F. (2003). O país dos outros. A poesia de Rui Knopfli. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

[14] Moraes, V. M. de. (2015). Entre as savanas de aridez e os horizontes da poesia: a multifacetada geopoética de Rui Knopfli. Tese de Doutorado submetida ao Programa de Letras Vernáculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. http://www.posvernaculas.letras.ufrj.br/images/Posvernaculas/4-doutorado/teses/2015/20-MoraesVM.pdf

[15] Oliveira, M. A. Fernandes de. (1997). A formação da literatura angolana (1851–1950). Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

[16] Patraquim, L. C. (2020). Morada nómada. Poesia 1980–2020. Edição de Zetho Cunha Gonçalves. Língua morta.

[17] Pessoa, F. (s/d). Antologia poética. Lisboa: Biblioteca Ulisseia de Autores Portugueses.

[18] Saúte, N. (1998). Os habitantes da memória. Entrevistas com escritores moçambicanos. Praia-Mindelo: Embaixada de Portugal. Centro Cultural Português.

[19] Sousa, M. de Gouveia e (2007). O essencial sobre António de Navarro. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

[20] Vieira, A. (2009). O poema, a viagem, o sonho. Lisboa: Caminho.

[21] Westphal, B. (2015). Geocriticism. Real and fictional spaces. Trad. R. T. Tally Jr. New York: Palgrave Macmillan.